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não sou mais criança,
tenho 25, mas me lembro
de quando menino,
cobria a cabeça
com o cobertor e
só deixava o nariz pra fora.
ofegava.
era o medo,
ainda o percebo e
estranho é que
havia esquecido
como ja havia sentido,
um pouco escondido
fantasiado no meu
cotidiano.
acontece que não é
mais o escuro,
os barulhos ou ruídos,
nem os pesadelos
ou o enrredo dos filmes
que eu via,
é o meu dia,
é a vida que me assusta.
de vez enquando,
ou uma vez na vida
isso surge, o medo,
e nos acompanha até o fim,
quando muda apenas o
cobertor. só o cobertor.
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