embaçando o vidro da porta
da sacada do meu quarto
vejo as estrelas no céu limpo do inverno
sozinhas fitando o tempo passar
na clareza da lua cheia de bilhões de anos
sinto o perfume da ausência me tocar
e tocar a distância do ar que me coça
do ar que me envolve pelas frestras
um sonho dessa noite que enobresse
à solidão que me celebra no próprio sono
um a um esquecido como o elo das constelações
nada mais singelo aque o som que ouço
ao respeirar enquanto a janela me desconecta
do mundo à fora num convite à sair
e ver o seu outro lado.
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