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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

SEM DIREÇÃO

ouço sons de todas as partes. em um ambiente fechado, pessoas conversam ao
telefone com outras pessoas em outros ambientes fechados. à porta aberta da
sacada, deixa passar um ruído que as árvores fazem com o bater do vento. pássaros
também, um ou dois e só. ouço meus dedos tocarem letra por letra de um teclado
preto, branco. ouço meus pensamentos enquanto escrevo. passa um avião. volto
aos meus pensamentos, penso no que vou almoçar, são 10h51, o sol está forte, um
dia bonito. volto a pensar que estamos no fim do ano, 16 de dezembro, menos de
quinze dias. estava a pouco conversando com um amigo que me perguntava sobre
meus planos, se plantei sementes para o futuro. ouço de volta meus pensamentos
e me vejo inseguro, será que plantei mesmo algo para o futuro? meu presente é
como tenho vivido há alguns meses, semelhante a forma como tenho escrito esse
longo texto fora de sentido, apenas plantando cada letra no caderno da minha
história fraca e incoerente. penso outra vez e não sei, a conclusão, não sei o
que estou fazendo ao certo. desejo apenas estar acertando em cada erro.




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