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terça-feira, 4 de setembro de 2007

O ESPETÁCULO II

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Após a metódica tarefa de encontrar o melhor lugar para sentar e antes de ir pra casa sozinho, a peça tem um início e é lógico que como em todo primeiro ato, não importa o gênero, os atores se esforçam e preparam sempre um entrelaçada história diferente. Não que, propriamente dito todos os começos de uma peça são iguais. Não mesmo. Quem faz ser diferente são os que suspiram inesperado, sentados alheios em suas poltronas. Tudo é uma surpresa, até para aqueles que ali estão pela quarta vez. É um eterno ‘pagar- para-ver’.

As vezes vale a pena. Chorando por aquele ato dramático você acaba pegando na mão ao lado e distraído nem percebe o que fez. Ponto. Não perceber é um sinal de que a peça vai continuar, que ao contrário do que você poderia prever, talvez não irá pra casa sozinho. Se não for dessa vez, você compra novos ingressos e vai de novo. Parece que a peça é realmente boa. Aí, dá pra ir bater um papo com os atores. Aí dá pra esperar ascender a luz. Aí dá pro coração bater forte outra vez e dá pra essa peça fazer parte da sua vida, pois você nunca mais a verá sem uma ‘grande’ companhia ao lado de novo. E assim o grupo se apresenta em outras casas e você, graças a deus, pode combinar um jantar a dois.

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2 comentários:

Gilzito disse...

Adorei esse espetaculo.
Espero que algo assim aconteça em breve na minha vida, ou melhor, espero que eu mesmo torne a minha vida um espetaculo onde o final é feliz e eu possa escutar os aplausos do meu eu...

Ricardo Xis disse...

"as melhores coisas da vida acontecem quando eu menos espero" Isobel Campbell - Belle and Sebastian.

Essa é a frase da minha vida... não sei se tem algo haver com o post, mas foi isso que consegui retirar do texto.