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quinta-feira, 8 de abril de 2010

#08: LIVRO DE CABECEIRA

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conto histórias pra mim mesmo
até onde posso chegar,
há capítulos anotados por inteiro
em sonhos desde infância à chegar.

uma vez corria de armadilhas
assassinas, escura e fria sensação
de desespero, era o medo
peseguindo um garoto assustado.

mas também, na floresta encantada
doces em uma casa comestível,
como nos contos que haviam
lido antes de adormecer

ainda que me conte como foi
que imaginei o que acontecia,
até hoje encontro finais felizes que
recomeçam em realidades tristes

não que isso seja ruím,
de longe é apenas um martírio,
mas as histórias, as boas de verdade
se invertem o tempo todo e a
emoção está em não saber se o
final começou na próxima página
ou se o livro acabou de começar.

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