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O álcool entra e a verdade sai. Essa é uma afirmação quase universal que eu aprendi, digamos, provando. É com ela que começo a discorrer sobre a sinceridade, um pouco sobre a espontaneidade, porque afinal, alguns copos de cerveja bastam pra saber se uma pessoa é candidata a seu amigo pro resto da vida.
Penso no álcool como uma câmera fotográfica, despindo as pessoas lentamente, até que se soltem e soltos mostrem toda a sua verdade, ou o que mais se aproxime disso. Sei que é estranho e, mesmo parecendo uma afirmação idiota, tanto uma quanto a outra deixam expor aquela intenção desproposital, um gesto verdadeiro.
Tudo bem que a pose da foto, bela e bem arrumada, engana ou transmite um pudor a mais, mas, nem por isso, uma leitura mais apurada deixa escapar a humildade e a discreta sinceridade.
Vire um umas canecas de chope ou uns copos de tequila. Emende aquela conversa sobre o trabalho, sobre micos do dia-a-dia ou sobre algum tipo de escatologia. Os mais intimos falam sobre escatologia. Falam também sobre sexo, mas o que realmente interessa é que por mais escatológica ou indiscreta, a verdade de uma história sempre aparece, rodeada de gargalhadas imunes ao ostracismo da caretísse, do recatado medo da autenticidade.
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Um comentário:
saudades! acho que precisamos marcar uma "sinceridade", pra matar as saudades hahahahaha bjo te amo!
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