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segunda-feira, 18 de abril de 2011

FOGO

sinto um calor novo
velado calor saboroso
sem velas e ainda
sem abraços apertados

sinto um calor gostoso
meu próprio acalorado
com tantas gotas de água
e uns tantos nós na garganta

sinto um calor acanhado
sutil calor do passado
impregnando meus braços
sem espaço para pensar

sinto um calor apertado
na alma e no peito quente
e com meus pulsos pregados
todos os martírios se vão

sinto um calor de verdade
meu e só na minha presença
esquentando a alma inteira
com todo o fogo da carne


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