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escrevo um roteiro sobre minha vida
nele, cada cena é um drama disfarçado
sorrio acanhado enquanto me desvendo
nas linhas que sucedem,
finjo saber o que acontece
e descanço até que me esqueço,
do texto, do meu pretexto,
do contexto
despido de tudo,
ouço um barulho
à porta está alguém,
sempre tem alguém
que incomoda,
na subjetiva meu arbítrio
onde termino cada recomeço
é o pretexto
o meu texto.
sei qual é o fim,
um rumo escrito
numa árvore no inverno
sem sol, mas com a luz da manhã
até o brilho da luz nua
no meu filme secreto.
o sol,
a lua,
o sol,
a lua...
onde mais assisto a tudo isso,
fica entre as quatro paredes verdes,
ao meio tom de luz onde assim,
o que me seduz parece,
só parece se esconder.
apenas um videotape
nada de película
a camada fina está esburacada,
mas fico feliz com isso.
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Um comentário:
gostei de assistir esse filme.
belas imagens...
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