Páginas

terça-feira, 10 de abril de 2012

LEMBRANÇA

Doce favo apunhalado por desejo lambuzado de dor e prazer, tens primeiro retirado o selo do medo de morrer na intensa ânsia de gozar-te a alma, sua história e todos aqueles que passaram pela tua cama, pela tua memória e que hoje já não se lembram do teu corpo, do teu hálito e dos seus cabelos macios como água morna, dos olhos claros e grandes ou dos lábios gelados e provocantes, não, nenhum deles se lembrará tanto quanto só eu poderei.
.

Nenhum comentário: