Me deu saudade dos meus
21 anos, da irresponsabilidade sabida em que eu vivia, em clubes até
a madrugada enquanto Love You Tear Us Apart tocava pra mim, que
esperava na ponta lotada do bar. Era tudo romance, relicário. Uma ideologia
romantizada sobre meu futuro, sobre aquele presente. No fundo, eu só
estava aproveitando o momento. Passou tão rápido, durou tanto
pós-sofrimento. Mal sabia que depois de tantos anos, ouvir esses
sons chiados ainda pudessem despertar algo além do gosto e
deixar na saudade impressa nos ouvidos, os passos das baladas embriagadas mais londrinas da minha vida.
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